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A Internet Profunda, também conhecida como Deep Web, é uma parte da internet que não está prontamente visível e tem poucas restrições regulatórias. No Brasil, o termo se tornou mais amplamente reconhecido após o trágico incidente em Suzano, onde dois jovens invadiram uma escola, causando a morte de oito pessoas antes de cometerem suicídio. A polícia suspeita que esses criminosos tenham recebido apoio de um fórum chamado Dogolachan, criado em 2013 e que não requer login para participação.
A Deep Web não é acessível por meio de mecanismos de busca convencionais, como Google ou Bing, e não pode ser alcançada simplesmente digitando um endereço em um navegador padrão, como Chrome, Firefox, Edge, entre outros. Devido à sua dificuldade de acesso, essa parte da internet é frequentemente utilizada para compartilhar conteúdo ilegal, como a venda de drogas, pedofilia e material violento.
No entanto, a Internet Profunda não se limita a essas atividades negativas. Ela também abrange áreas privadas de diversos portais, como o conteúdo de caixas de entrada de e-mails ou perfis privados no Facebook. Portanto, a Internet Profunda é um conceito amplo que, embora às vezes seja usada para fins maliciosos, não é intrinsecamente negativa.
A Deep Web é composta por milhares de páginas, blogs, vídeos, fóruns e bancos de dados que são projetados para permanecerem ocultos do público em geral. A definição mais simples e abrangente da Internet Profunda é que se trata de conteúdo na internet configurado como privado. O anonimato desempenha um papel fundamental nessa área, uma vez que em alguns casos não é possível rastrear o endereço IP de um usuário.
A privacidade garantida aos criadores de conteúdo e aos seus acessos é uma parte importante da Internet Profunda e é usada para proteger a privacidade de muitas pessoas. No entanto, esse anonimato também atrai criminosos, levando à veiculação de conteúdo de ódio e à promoção de atividades criminosas. Geralmente, espaços como esses na Internet Profunda estão associados à Dark Web, que é uma parte ainda mais obscura da internet.
A Dark Web e a Deep Web são conceitos distintos, embora muitas vezes sejam confundidos. Enquanto a Deep Web é uma parte da internet que não pode ser acessada por mecanismos de busca convencionais, a Dark Web consiste em páginas, fóruns e comunidades que ocultam seu conteúdo. Geralmente, esses sites não podem ser acessados de maneira convencional e usam protocolos de internet diferentes do HTTP tradicional, como endereços terminados em “.onion”. Eles são acessíveis apenas por meio do navegador Tor, por exemplo.
A Dark Web é conhecida por abrigar canais e comunidades de troca de informações anônimas, o que a torna atraente para ativistas políticos, hacktivistas, jornalistas sob censura e investigações policiais. No entanto, também é explorada por criminosos para a prática de diversos crimes, incluindo a venda de drogas, a divulgação de material pirata e a propagação de conteúdo falso, discurso de ódio e discriminação.
Para acessar a Deep Web, é necessário conhecer os endereços específicos, uma vez que esses sites não são encontrados em mecanismos de busca convencionais. Para a Dark Web, o processo é mais complexo, pois exige o uso de navegadores como o Tor, que permite o acesso a partes ocultas da internet.
É importante ressaltar que ao navegar na Deep Web, é necessário ter cuidados adicionais, pois a rede é frequentemente utilizada para espalhar vírus e pode conter conteúdo perturbador e inapropriado. Portanto, o acesso à Internet Profunda deve ser feito com responsabilidade e conhecimento dos riscos envolvidos.
